Frequentemente temos que lidar com o impulso, impaciência, egoísmo e a teimosia de uma criança. Umas são mimadas em demasia e outras reprimidas ao extremo. O que fazer então para que haja disciplina e uma convivência passiva?
Um dos primeiros passos é saber que para lidar com crianças é necessário tato, delicadeza, paciência e ao mesmo tempo firmeza, domínio e sabedoria.
Para que haja harmonia, regras são essenciais. Alguns podem pensar que elaborar regras é muito complexo, mas as regras para uma criança devem ser simples, abrangentes e fáceis de serem cumpridas.
Caso essas regras sejam descumpridas, tenha cuidado com as ações imprudentes e as manifestações severas e extremas. Lembre-se que o objetivo ao educar uma criança é torná-la um adulto autônomo, capaz de pensar por si mesmo e não simplesmente um adulto adestrado, que obedece leis e regras por medo de consequências.
Muitas vezes você terá que lidar com o descumprimento das regras. Então, é hora de mostrar-se firme, porém, compassivo e sem deixar manifestar a sua superioridade. Em um diálogo, faça a criança refletir sobre o que fez. Peça a ela para falar sobre o que fez de errado, descrever o ocorrido. Em seguida, pergunte a ela o que sugere para que o erro cometido seja reparado.
Parece ilógico, mas você verá que a criança tem a capacidade de descrever o que fez e dizer o que deveria ter feito. Obviamente, isso ocorre num crescente de acordo com a idade da criança.
Vamos dar um exemplo: Uma criança jogou bola dentro de casa, quebrou um vaso e ela sabia que a regra não permitia isso. Chame-a para a conversa, deixe-a refletir e peça as sugestões de como resolver o fato. Você poderá observar que ela dará sugestões de como reparar o dano. Isso pode não acontecer desde o princípio, então, você deverá ajudá-la até que ela consiga fazer essa reflexão sozinha.
Lembre-se de que sansões devem ser recíprocas às ações: sujou, limpa; quebrou, reponha; desarrumou, arrume e assim por diante. Não permita que a criança dê uma sansão que não seja compatível ao erro. Só assim ela não terá como pesar as consequencias. Caso contrário ela poderá pesar o custo benefício de um ato e cometê-lo porque o que ela deseja no momento é mais importante do que pagar algo.
Cuidado com o costume de dar prêmios e recompensas, isso pode tornar a criança um adulto ambicioso e interesseiro. As recompensas devem vir em horário neutro, que não esteja relacionado à obediência de uma regra.
Elogie sempre o caráter e não o físico. Nunca diga: » Você lavou a louça pra mim! Como você é linda!».O único elogio que cabe aí seria: » Obrigada, você foi muito gentil em me ajudar, estou muito feliz com você!».
Educar é uma arte. Se quisermos saber como ela funciona, precisamos ler e estudar sobre ela. Mais perfeito ainda será se conhecermos o mestre desta arte: Jesus. Deus em sua infinita sabedoria nos deixou, na bíblia, dicas de como podemos educar. Também inspirou pessoas, como Ellen G. White, a nos fornecer uma coleção de livros que nos ajudam a compreender a arte de educar. Busque esse conhecimento e um dia você poderá entregar a criança que lhe foi confiada nos braços de Jesus.
Profª Eliane P. B. Pompei
Referencia: Conselhos aos pais, professores e estudantes. Ellen G. White.
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